Pague o preço da unidade!
“Por isso paremos de criticar uns aos outros. Pelo contrário, cada um de vocês resolva não fazer nada que leve o seu irmão a tropeçar ou cair em pecado” (Rm 14:13)
Diz a lenda que durante a era glacial, muitos animais morriam por causa do frio. Os porcos-espinhos, percebendo a situação, resolveram se juntar em grupos para se aquecerem, mas os espinhos de cada um feriam os companheiros mais próximos. Por isso decidiram se afastar uns dos outros e voltaram a morrer congelados, então precisavam fazer uma escolha: ou desapareceriam da Terra ou aceitavam os espinhos dos companheiros. Com sabedoria, decidiram voltar a ficar juntos. Aprenderam assim a conviver com as pequenas feridas que a relação muito próxima podia causar, já que o mais importante era o calor do outro. E assim sobreviveram. Esta fábula nos ensina que andar em unidade custa caro e nem todos estão dispostos a pagar este preço.
Se você quiser ter vitória em sua vida, precisa aprender a viver em unidade. Não há casamento, amizade, emprego ou cristianismo que sobreviva se não for respaldado pela unidade. Certa vez, a igreja em Roma começou a desunir-se por questões doutrinárias. Alguns acreditavam que deviam guardar certos dias e abster-se de certos alimentos. Outros não criam dessa maneira. Comiam de tudo e consideravam todos os dias iguais. Por causa disso, surgiu a crítica, o julgamento e a divisão entre eles. No capítulo 14 da carta aos Romanos, o apóstolo Paulo enfrentou o problema combatendo o espírito de crítica que havia se instalado. Perceba que ele não tomou partido a favor desta ou daquela doutrina. Não! Ele tomou partido pela unidade! Ele sabia distinguir os assuntos inegociáveis do evangelho daqueles sobre os quais simplesmente não vale a pena firmar uma posição.
Que lição maravilhosa! Para andarmos em unidade no casamento, na igreja ou qualquer outro lugar, não carecemos concordar em tudo. Não é necessário remover todos os espinhos, o que precisamos é aprender a conviver com eles. Isso mostra uma atitude de humildade para reconhecer que não somos donos da verdade. Também fala de enfatizarmos a reconciliação e o caminhar juntos acima da solução imediata do problema. É melhor continuar amando e andando em unidade enquanto não encontramos a resposta certa do que permitir que a divergência nos divida. Por fim, fala da importância de sermos pacientes, tolerantes, flexíveis e compreensivos. A unidade não é barata, e por isso é tão nobre. Pague o preço da unidade!